Um grupo de imigrantes africanos vem soltando o verbo legal em São Paulo


A poucos metros do centro da antiga cidade de Santo Amaro, atualmente um bairro  da zona sul da capital paulista, acontece um típico sarau africano. 

Organizado por imigrantes, o Projeto Raízes leva mensalmente a Casa de Cultura uma sessão de artes direcionada a algum país da África. Já foram realizados os saraus Angola e Nigéria e estão programados os de Senegal, Cabo Verde, Mali  e Congo.

E a parada é completa, rola música, dança, poesia, exposições, livros de autores africanos e ainda um coquetel à moda de cada país.

Os encontros são gratuitos e com microfone aberto para qualquer um participar e poder vivenciar e interagir com outras culturas. Um dos organizadores, o angolano Isidro Sanene, autor dos livros "Utopia das Marés" e "Pedaços da Alma", define a essência do sarau.



Para saber mais quando vai rolar o próximo sarau

Sente o clima

Vocal kuimbaimagens Projeto Raízes




Encurralado

Isidro Sanene


Quando aniquilei a solidão de maus dias,
costurei a minha alma nos ares.
Enxame de problemas e desperdício,
castigou-me por nunca ter vencido o dia,
com a maldita fortunana graça imerecida.

As barbas do meu sofrer
rasgavam os meus lábios de orações.
Desmontei o tabu das minhas dificuldades.
Então, mitos e tradições foram amarrados,
na estrada que meu cérebro procurava.

Quando expressei livremente
a liberdade que ofuscava meus príncipios.
Naveguei na orquestra entre pessoas de Deus,
descansei nas mãos de Adonai,
num mundo cujo nome espargia:
O perfume da Nova Jerusalém.





Excitando VerboEspaço para a literatura independente, com poesia, subversão e crônicas.





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